Nos primórdios da gestão do esporte, quando não havia a televisão para ampliar o alcance do evento esportivo, a principal parte da “conta” de um evento ficava com o torcedor.
Era pelo interesse do fã que um promotor conseguia ter sucesso em seu evento. A receita, quase sempre, era restrita à venda de ingressos.
Após vivermos a era da televisão e, agora, dos patrocinadores, começamos a entrar num novo período para os organizadores de eventos.
O torcedor voltou a ser responsável por bancar boa parte da conta, ainda mais de um megaevento.
A projeção de faturamento do Rio-2016 com a venda de ingressos é a prova de que o torcedor passou a ser responsável por bancar boa parte do show que virou o evento esportivo.
Quanto maior o alcance e o desejo das pessoas em consumirem determinado esporte ou determinado jogo, mais forte será a fatia representada peloo torcedor no bolo final.
A Copa do Mundo já deu mostras disso. As Olimpíadas elevarão a um novo patamar essa conta. Se ainda temos ligas nacionais pensando se vale a pena cobrar pelo ingresso, a pergunta que deverá ficar após 2016 é o quanto se deve cobrar pelo show.
No futebol, já se percebeu que receita alta só com evento bom. Talvez tenhamos, nas outras modalidades, um sentimento do mesmo nível. O torcedor até topa pagar caro. Mas, para isso, o produto precisa ser bom.