Contra preconceito, off road muda local

A grande novidade da sexta edição da Expo Brasil off road, realizada em São Paulo no último fim de semana, foi a escolha do local. A feira aconteceu no centro de exposições Imigrantes, espaço de 240 mil metros quadrados que abriga alguns dos principais eventos da cidade. E a escolha do espaço reflete uma estratégia da organização, que tenta mudar a ideia de seu segmento. A preocupação dos responsáveis pela feira é que o público de off road no Brasil ainda é visto como gente de baixo poder aquisitivo. Essa é uma das explicações de organizadores para justificar a ausência de grandes marcas na feira realizada em São Paulo ? em vez de empresas, o espaço concentrou lojas e revendedoras diretas. ?Nós convidamos as marcas, mas hoje em dia a visão de marketing e comunicação é totalmente enganada. As empresas acham que as pessoas que têm jipe não possuem dinheiro, mas se esquecem que jipe é só um começo. É um símbolo, um exemplo do que aquele público gosta?, explicou Arilo de Alencar Júnior, empresário e piloto, responsável pela organização da feira. A Expo Brasil off road teve um custo de produção em torno de R$ 1 milhão neste ano, valor superior ao investimento de temporadas anteriores. No entanto, a migração para o centro de exposições Imigrantes criou mais oportunidades de negócios para o evento. ?Antes, fazíamos as coisas em uma pista própria na [rodovia] Castelo Branco. Aqui temos um pavilhão, mais estrutura. O circuito lá era mais elaborado, mas aqui existe um volume maior de negócios?, avaliou Alencar Júnior. A organização da feira aproveitou a edição deste ano para lançar um manual de conduta para o público que curte off road. O documento orienta, principalmente, para um uso responsável e para a conservação de veículos desse segmento.

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