Após um tumultuado Campeonato Carioca, a concessionária que administra o Maracanã volta a ter problemas com a organização do futebol nacional. Agora, o foco está na CBF, que determinou que a partida entre Fluminense e Vasco seja realizada com torcida única.
Em comunicado enviado à imprensa, os gestores da arena enumeraram as razões pelo descontentamento. A lista pondera que os ingressos já foram colocados à venda, que o estádio mantém área mista, que a medida fere o “direito básico do torcedor” e que “notadamente problemas de violência acontecem fora do estádio e tal medida seria absolutamente inócua em termos práticos”.
Seria, segundo a administração do estádio, o primeiro jogo de torcida única da história do Maracanã. O que seria uma “ofensa ao espetáculo” e um “incentivo à brutalização do futebol”.
A medida, aliás, fez com que o Maracanã ganhasse um aliado que estava do outro lado da mesa há poucos meses. Eurico Miranda, presidente do Vasco, também repreendeu a iniciativa. “Acho que a CBF deveria preservar aquilo que defendo que é a tradição”, afirmou.
A questão foi levantada justamente porque Eurico Miranda insistiu em manter a torcida do Vasco no lado direito do Maracanã. O Fluminense, no entanto, mantém esse espaço por contrato.
No início do ano, o consórcio do Maracanã já havia se manifestado contra a medida da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, que determinou preços máximos nos ingressos do Campeonato Carioca. Na época, Eurico foi um dos articuladores da medida.