Contrato bilionário de TV gera ameaça de greve na NBA

LeBron James e Kevin Durant, líderes dos jogadores

O recente anúncio da NBA, de que renovou contrato de TV por mais nove anos por valores estratosféricos, já desperta a cobiça dos jogadores. O novo acordo da liga norte-americana de basquete atingiu a cifra recorde de US$ 24 bilhões (R$ 57,7 bilhões). Os grupos ABC/ESPN e TNT irão manter os direitos de transmissão do torneio.

O novo compromisso sobe os valores anuais de US$ 966 milhões para US$ 2,4 bilhões, o que representa um acréscimo de quase 150%.

“Estou ciente do tema e vou assegurar que nós jogadores sejamos tratados como merecemos”, afirmou o ala LeBron James, do Cleveland Cavaliers, um dos líderes do movimento ao lado de astros como Kobe Bryant e Kevin Durant.

 “É muito dinheiro. Não vejo como os donos das equipes podem dizer agora que estão perdendo dinheiro”, faz coro o ala Kevin Durant, do Oklahoma City Thunder.

Há três anos, houve um locaute (greve de patrões) pela incapacidade de pagamento de salários. Na ocasião, os atletas aceitaram abrir mão de parte dos ganhos para viabilizar as franquias, que alegavam prejuízo de milhões de dólares com o acordo coletivo de trabalho anterior. Com o novo contrato de TV, esse documento deve ser rasgado.  

Os novos valores podem fazer com que LeBron e Kevin Durant, os dois principais astros da liga atual, mudem de equipe. Ambos encerram seus contratos em 2016, mesmo ano em que entrará em vigor o novo acordo de TV. O ala do Cleveland receberá US$ 21 milhões em seu último ano de contrato, enquanto o jogador do Oklahoma chegará a US$ 20 milhões. A perspectiva deles é conseguir aumentos significativos daqui dois anos.

O teto salarial (o máximo que cada equipe pode gastar em salários) hoje está em US$ 63 milhões. Com a chegada da nova receita milionária dos direitos de transmissão, a estimativa é que esse valor atinja US$ 79 milhões, o que representaria um aumento de mais de 25%.

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