As negociações de patrocínio entre Caixa Econômica Federal e América e ABC, ambos do Rio Grande do Norte, voltaram à estaca zero. O principal empecilho é um imbróglio envolvendo as contas bancárias da cidade de Natal.
A capital do estado tem todas as contas administradas pelo Banco do Brasil. Para dar prosseguimento às negociações de patrocínio com América e ABC, um dos desejos da Caixa era assumir o posto do banco concorrente, proposta recusada pela prefeitura de Natal, o que freou as negociações entre a instituição financeira e os dois principais clubes da cidade.
As conversas entre Caixa e os dois times começaram em setembro de 2012, em uma reunião em Brasília. Ficou acordado que o acordo de patrocínio poderia acontecer a partir de janeiro de 2013. No entanto, o acerto foi sendo adiado até que, em abril de 2013, a Caixa encerrou as negociações.
O assunto voltou à tona quando o político Henrique Alves, deputado federal pelo Rio Grande do Norte e presidente da C”mara dos Deputados, prometeu, via um comentário na sua conta no Twitter, que ajudaria o América e o ABC a fecharem o acordo com a Caixa.
O desejo do político surgiu após Fernando Collor de Melo participar das negociações de patrocínio envolvendo Caixa e a dupla de Alagoas, ASA e CRB. O banco pagará R$ 1 milhão por um ano de contrato com o ASA e está em fase final de negociação com o CRB.
Alex Padang, presidente do América, e Stênio, superintendente de marketing do ABC, compartilham da mesma opinião sobre a recusa da Caixa. Os dois dirigentes consideram o problema das contas bancárias de Natal contornável e acreditam que outros times que são atualmente patrocinados pelo banco estatal geram a mesma, ou até menos visibilidade que a dupla do Rio Grande do Norte.
A Caixa possui contratos de patrocínio com: Corinthians, Flamengo, Coritiba, Atlético Paranaense, Figueirense e Avaí e ASA. O banco ainda negocia parcerias conjuntas com Bahia e Vitória e Juventude e Caxias. Os aportes fazem parte do pacote de R$ 100 milhões que a instituição financeira tem para investir em clubes do futebol brasileiro.