Contrato emperra Unimed no Palmeiras

Primeiro foi a Cosan. Depois a Lupo. E agora, a Unimed pode ver naufragar o acordo para estampar sua marca nos calções do Palmeiras. Dada como certa na semana passada, a negociação, que pode render R$ 4 milhões em 16 meses aos cofres alviverdes, encontra obstáculo no contrato entre o clube e a Samsung. A empresa de eletrônicos é ?dona? de todas as propriedades do uniforme palmeirense. No último sábado, a diretoria do Palmeiras chegou a confirmar que a Unimed estrearia no calção no clássico contra o São Paulo, neste fim de semana. O anúncio, porém, foi feito à revelia da sua principal patrocinadora. ?É verdade que a Samsung tem, por contrato, direito à utilização do espaço. Essa é mais uma coisa que estamos finalizando para oficializar a Unimed. Ainda precisamos fazer alguns ajustes burocráticos?, afirmou Juan Rafael, gerente de planejamento do Palmeiras. Outro entrave para o acordo seja selado, segundo o dirigente, é a definição das permutas de planos de saúde para os funcionários do clube. A informação entra para o rol de desencontros sobre o rumo das negociações. Na última quarta-feira, a justificativa oficial para o ?adiamento? da estreia da parceria era que clube e empresa precisavam de mais tempo para planejar as ações de lançamento. Procurado pela reportagem da Máquina do Esporte nesta sexta-feira, Fábio Raiola, diretor financeiro do Palmeiras, deu outra versão sobre o caso: ?Não está fechado, nem melou. Agora, o contrato está no meu departamento. Houve, sim, precipitação no anúncio de sábado, mas a tendência é fechar. Fizeram o anúncio sem que o contrato fosse submetido ao jurídico?. Na Unimed, porém, o clima é de pessimismo. A empresa, que mantém o patrocínio mais longo do futebol brasileiro com o Fluminense, já considera a hipótese de a parceria com o clube paulista não vingar. “Fiquei surpreso. Não foi precipitação da nossa parte. Somos profissionais… Achei que estava tudo certo, mas pelo jeito não houve consenso interno no clube”, disse Rafael Moliterno, diretor de planejamento da empresa, ao jornal ?O Estado de S.Paulo?. Neste ano, a Lupo chegou a anunciar que patrocinaria os calções do Palmeiras, em acordo que geraria cerca de R$ 3 milhões ao clube. Contudo, a diretoria da equipe cancelou o negócio com a alegação de que a confecção entrou no ramo de fabricação de material esportivo ? fechou contrato de fornecimento de uniformes ao Náutico. Portanto, a marca tornou-se concorrente da Adidas, já presente na camisa palmeirense. O desfecho negativo da negociação com a Lupo reavivou as conversas entre Palmeiras e Unimed. Antes disso, a Cosan era a mais cotada para estampar sua marca nos calções alviverdes e chegou, inclusive, a fazer planos para a utilização do verde que caracteriza o time em ações de divulgação do eco-combústivel. No entanto, a demora para resolver entraves burocráticos esfriou a negociação.

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