Copa de 2018 faz Rússia repetir cenário do Brasil

Um país em ascensão econômica, membro do Bric (acrônimo criado pelo economista Jim O’Neill para fazer referência ao grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China), com dois eventos esportivos de grande porte em quatro anos. Eleita pela Fifa nesta quinta-feira para sediar a Copa do Mundo em 2018, a Rússia repetirá na próxima década um cenário vivido atualmente pelo Brasil.

O anúncio desta quinta-feira transformou a Rússia no quinto país da história a ter essa configuração. O país europeu receberá os Jogos Olímpicos de inverno em Sochi em 2014, e quatro anos depois será sede da Copa do Mundo de futebol.

Os dois primeiros países que tiveram cenário parecido foram o México (Jogos Olímpicos de verão de 1968, na Cidade do México, e Copa do Mundo de 1970), a Alemanha (Jogos Olímpicos de verão de 1972, em Munique, e Copa do Mundo de 1974) e os Estados Unidos (Copa do Mundo de 1994 e Jogos Olímpicos de verão de 1996, em Atlanta). Nesta década, o Brasil terá cenário similar (Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro).

O que aproxima ainda mais as situações de Brasil e Rússia é o momento vivido pelos dois países. Ambos estão entre os maiores do planeta (quinto e primeiro, respectivamente, segundo ranking da revista “The Economist”), têm grandes populações (quinto e nono) e estão entre os maiores produtores de petróleo do planeta (17º e segundo).

A Rússia sediou, em 2009, a primeira reunião dos representantes do Bric. Em abril deste ano, o encontro teve o Brasil como anfitrião. A proposta dos dirigentes é fazer conversas anuais – a próxima está marcada para 2011, na China.

Nesses encontros do Bric, além do papel dos países como economias em ascensão, um tema debatido é a possibilidade de negócios e trocas de experiências entre as nações que formam o grupo.

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