Na Espanha, 367 mil trabalhadores perderam empregos durante os três primeiros meses de 2012. O número ratificou a crise econômica que assola o país europeu, que também tem sido um problema para outras nações. E o Brasil não sentiu isso, segundo o Itaú, em parte porque receberá a Copa do Mundo de futebol de 2014.
“A Copa permite que o mercado continue contratando mesmo quando não está aquecido. Esse já é um efeito positivo evidente”, analisou Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú, em evento realizado pelo banco na última semana, em São Paulo.
Goldfajn usou como exemplo o último semestre. A crise econômica internacional diminuiu o aquecimento do mercado interno, mas a preparação para receber o maior evento esportivo do mundo compensou isso.
“Nós também temos observado uma movimentação muito grande de profissionais entre os setores. Pessoas de outras áreas têm procurado o esporte porque percebem que se trata de uma seara de futuro”, disse Marcos Massukado, diretor comercial do Itaú Empresas.
A projeção de estudo feito pelo Itaú e pela Fundação Getúlio Vargas é que a Copa do Mundo de 2014 gere 250 mil novos empregos no Brasil. O evento deve promover um incremento de 1,5% no PIB nacional.
O levantamento também considera o crescimento do próprio país, cuja classe média deve chegar crescer 23% até 2014. A projeção é que esse grupo social ascenda de 114 milhões para 140 milhões de representantes.
O seminário realizado pelo Itaú em São Paulo faz parte de um ciclo de eventos realizados pelo banco para discutir a Copa do Mundo de 2014. O circuito percorrerá as 12 cidades que receberão o torneio, e a próxima edição será no dia 7 de agosto, em Curitiba.