Na última semana, a CSM deu mais um passo para ampliar sua presença no mercado de camarotes em arenas esportivas do Brasil. A agência fechou uma parceria com o Maracanã para comercializar parte dos espaços nobres do estádio carioca. Há dez anos nesse mercado (a CSM comprou a agência Golden Goal), a empresa aproveita o bom momento pós-Copa do Mundo.
“Estamos vivendo um momento difícil, com a economia mal. Mas a Copa do Mundo ajudou muito. As empresas começaram a perceber que o camarote é um investimento, que ele gera negócios”, explicou a diretora hospitalidade corporativa da CSM, Juliana Nascimento, à Máquina do Esporte.
A agência realizou uma pesquisa entre as empresas que fecharam camarote durante a Copa do Mundo e levantou que 33% das companhias conseguiram, durante o Mundial, fechar negócios com valores mais altos do que o previsto.
Apesar de uma melhor resposta do mercado, isso não tem significado vida fácil às arenas. No Maracanã, por exemplo, 60% dos 107 camarotes disponíveis ainda não têm um dono. No Mineirão, com um mercado menos acostumados às arenas, apenas 50% dos espaços foram comercializados.
Em São Paulo, há um caso fora da curva. No Allianz Parque, casa do Palmeiras, 85% dos 160 camarotes estão vendidos, com contratos que variam de três a cinco anos. No rival, a situação ainda é difícil de avaliar.
O Corinthians iniciou a venda dos 89 espaços de seu estádio há apenas um mês, ainda que, no evento que abriu a comercialização, oito vendas se somaram às 12 reservas que o clube já havia comercializado.
Os preços e os formatos variam de estádio para estádio. No caso do Maracanã, a CSM irá comercializar espaços que cabem até 39 pessoas, com preços que vão de R$ 145 mil a R$ 533 mil. No anúncio corintiano, há um mês, o camarote mais barato saía por R$ 340 mil.
O que não costuma mudar é o seu uso. “A grande maioria que compra é empresas. Com o camarote, elas podem, além de fazer negociações, fazer sorteios entre funcionários, pode fazer relacionamento com clientes”, finalizou Nascimento.