Apesar de gerar novos negócios para empresas e profissionais ligados ao esporte, a Copa do Mundo tem causado efeitos colaterais em determinados nichos de atuação. A Golfe & Cia, especializada em eventos corporativos, tem enfrentado alguns problemas, ocasionados pela realização do torneio.
O Circuito Empresarial de Golfe (CEG), organizado pelo oitavo ano consecutivo, encerra o ano abaixo do comum em termos de patrocinadores. Em 2010, foram agendadas quatro edições, contra dez, em 2005. “A Copa atrapalhou um pouquinho”, revela o diretor da agência, Paulo Pimentel.
Para o próximo ano, o empresário garante já ter acertado patrocínios para seis etapas, mas as dificuldades não se restringem ao campeonato realizado na África do Sul. A edição brasileira, a ser feita em 2014, ainda está distante, mas já está gerando obstáculos para a Golfe & Cia.
A empresa de Pimentel organiza, no futebol, o “Palavra de Craque”, no qual reúne jogadores consagrados para partida amistosa e dispõe de cotas para companhias interessadas em acompanhá-la. Recentemente, juntou integrantes da seleção brasileira de 2002, como Luizão, Denílson e Vampeta.
Em outro evento, intitulado “Jogada de Craque”, a agência convoca goleiro, zagueiro, meia e atacante de alto nível para partida. As outras vagas são preenchidas por funcionários de empresas, que têm direito de comprar cotas e jogar com esses jogadores em ocasião exclusiva.
Os preparativos para a Copa do Mundo no Brasil, porém, diminuíram consideravelmente o número de estádios disponíveis para esses eventos. “Ainda há opções, como Barueri, Vila Belmiro e até lugares no Norte e no Nordeste, mas a falta de estádio prejudica”, conclui Pimentel.