A realização da Copa do Mundo no Brasil fez com que, pela primeira vez, o país passasse a ter prioridade no lançamento de produtos da Nike para o mercado. Nesta quinta-feira, a reportagem da Máquina do Esporte esteve presente no Nike Innovation Summit, encontro bienal sobre inovação promovido pela fabricante americana.
No primeiro dia do evento, que acontece em Madri, a empresa mostrou os produtos que serão usados pelos jogadores – e consumidores – durante a Copa do Mundo. Pela primeira vez, dois artigos foram confeccionados pensando, prioritariamente, no mercado brasileiro.
O mais emblemático de todos é o Air Jordan VI, modelo retrô do tênis de basquete criado em conjunto com Michael Jordan. O tênis, em edição limitada, tem cores alusivas ao Brasil e será lançado primeiramente no país. Depois é que irá para outros mercados.
“O Jordan é um cara que gosta do estilo brasileiro de jogar futebol. E o Neymar é um cara que admira o Michael Jordan. Decidimos, então, fazer um tênis que aliasse a tradição do Brasil no futebol com o estilo do Air Jordan”, afirmou Martin Lotti, diretor de criação em futebol da Nike.
O Air Jordan é o modelo de maior sucesso de vendas da linha que leva o nome do maior atleta da história do basquete. Ao unir um produto dessa modalidade com o futebol, a Nike espera atrair também mais consumidores de produtos “casuais” para o consumo da Copa do Mundo.
Outro utensílio que será exclusivo do Brasil é uma edição da Fuel Band, fita que mede o nível de atividade física dos atletas, só para os jogadores do time brasileiro. Eles receberão o aparelho na apresentação para a disputa da Copa do Mundo. Os atletas, porém, não precisarão usar o Fuel Band, que curiosamente deve deixar de figurar na linha de produtos da Nike nos próximos anos (leia os detalhes aqui).
A criação dos produtos específicos ou prioritários para o mercado brasileiro faz parte da estratégia da Nike para acompanhar o crescimento do país nas vendas. Atualmente, a empresa fatura cerca de US$ 1 bilhão com a operação no Brasil, que só está atrás dos Estados Unidos e da China em volume de negócios para a Nike.
A meta é aumentar as vendas – e, consequentemente, o lucro – dentro do mercado nacional. Para isso, a aposta e integral na realização da Copa do Mundo no Brasil.
“Há quatro anos que temos trabalhado no desenvolvimento dessa linha de produtos para o Brasil. Assim que terminou a Copa (da África do Sul), decidimos percorrer o país e captar o verdadeiro espírito do brasileiro para criarmos nossas peças”, afirmou Lotti.
A série de artigos alusivos à seleção brasileira ainda será composta por roupas de skate, artigos exclusivos para as mulheres e, também, roupas casuais de skate e sure da marca Hurley. Esses itens, porém, também são vendidos, com desenhos e estilos distintos, para outros países.
* O repórter viaja a Madri a convite da Nike