A Copa do Mundo de 2014 deverá ficar marcada como a segunda maior média de público da história dos mundiais, perdendo apenas dos Estados Unidos, em 1994, e a frente da Alemanha, em 2006. Nesse momento, após a realização dos jogos de oitavas de final, o número está em 51988 presentes por partida.
Na Alemanha, a média de público total ficou próxima do número atual. Na Copa do Mundo de 2006, o número de 52491 deixou o Mundial daquele ano na segunda colocação na história da competição.
Caso a Copa do Mundo deste ano repita os públicos observados nas oitavas de final, algo bastante provável, a média final de público será de 53,5 mil pessoas por partida. Maracanã, Fonte Nova, Estádio Nacional, Mineirão e Arena de São Paulo ainda receberão jogos no torneio.
Na Alemanha, assim como no Brasil, foram usados 12 estádios para 64 partidas, com arenas de capacidades semelhantes às brasileiras. O Mundial dos Estados Unidos, por outro lado, deixa a comparação mais distante. Em 1994, foram utilizados nove estádios, nenhum deles com menos de 50 mil cadeiras. No Rose Bowl, na Pasadena, 94 mil pessoas assistiram à decisão entre Brasil e Itália. Além disso, foram menos jogos disputados, 52 contra os 64 atuais. Naquele ano, a média de público foi de 68,9 mil pessoas.
A façanha brasileira deverá ser mantida até o próximo Mundial, no mínimo. Nos projetos de arenas da Copa do Mundo da Rússia, em 2018, apenas dois estádios, em Moscou e São Petersburgo, terão mais de 50 mil lugares. No Qatar, em 2022, o cenário se repete, com locais mais enxutos para jogos. No Brasil, a marca de 50 mil cadeiras foi ultrapassada por seis arenas.
Os números de público da Copa do Mundo do Brasil, no entanto, ficam completamente fora da realidade do futebol brasileiro. Em comparação, somente nos oito jogos de oitavas de final do Mundial, 457 mil pessoas estiveram presentes em estádios. Isso é exatamente dois terços de todo o público presente no Campeonato Carioca de 2014, com a diferença que no torneio estadual houve 246 partidas, que ocuparam mais de quatro meses do calendário dos clubes.
A taxa de ocupação das arenas também entrega que há um sério problema no apelo dos torneios e clubes brasileiros. Em toda Copa do Mundo, a pior índice aconteceu na partida entre Rússia e Coreia do Sul, na Arena Pantanal. A partida teve o pior público e a pior ocupação do torneio. Ainda assim, os 37,6 mil presentes representaram 91% da capacidade do estádio.
Considerando apenas as oitavas de final, a ocupação média esteve em 98,5%. Isso, no entanto, leva em conta o número de assentos apresentados pela Fifa oficialmente. Conforme a partida, cadeiras são perdidas por detalhes da competição, como aumento na área de imprensa e exclusão de pontos cegos pela presença de câmeras. Ou seja, a diferença para o 100% de ocupação é desprezível.
Voltando para o futebol brasileiro, a taxa de ocupação do Campeonato Brasileiro de 2013 foi de 40%. O time com o melhor índice nesse quesito foi o Corinthians, com taxa de 71%. Neste ano, nenhuma partida chegou a 45 mil pessoas no estádio. Em comparação com o concorrente de Copa do Mundo, na temporada 2013/2014, a Bundesliga, o campeonato nacional da Alemanha, teve 43 mil pessoas de média, com ocupação de 95% das cadeiras, em média, nas partidas.
5 maiores médias de público da Copa:
Posição | Ano | País | Jogos | Média de Público |
1º | 1994 | Estados Unidos | 52 | 68.991 |
– | 2014 | Brasil | 64 | 53.500* |
2º | 2006 | Alemanha | 64 | 52.491 |
3º | 2014 | Brasil | 56 | 51.988** |
4º | 1970 | México | 32 | 50.124 |
5º | 2010 | África do Sul | 64 | 49.670 |
*Estimado
**Até as oitavas de final