Copa pode gerar companhia aérea no NE

A lista de intervenções significativas que o Brasil terá de fazer para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 vai muito além de obras nos estádios. O país tem uma demanda de obras em vários segmentos de infraestrutura para cumprir as exigências da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional (COI), e isso pode dar origem até a uma nova companhia aérea na região Nordeste. A ideia surgiu em um fórum nacional de secretários e dirigentes do turismo. Representantes da região apresentaram um estudo feito pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) que aponta a malha aérea como uma deficiência crônica do local. Um dos principais problemas é a falta de voos diretos entre algumas das capitais. A partir desse estudo, os secretários locais fizeram cobranças à Embratur para a abertura de uma nova companhia aérea na região, nos moldes da Varig Nordeste. A proposta já foi apresentada a três empresas (Azul, Trip e uma ainda não divulgada), e atualmente depende apenas de uma delas aceitar. ?Estatísticas mostram que 58% dos turistas que visitam o Brasil querem sol e mar. Ora, existem sol e mar mais bonitos que os do Nordeste? Precisamos fortalecer o turismo para podermos aproveitar o que a Copa pode nos oferecer e as pessoas que visitarão o país, mas o transporte é uma questão fundamental para isso?, afirmou Fernando Fernandes, secretário de Turismo do Rio Grande do Norte. O projeto para a Copa do Mundo é criar apenas uma subsidiária de companhia aérea no Nordeste. Essa empresa terá um pacote especial de isenções fiscais e incentivos da Sudene para operar na região como parceira oficial dos Estados envolvidos na competição. Os secretários levaram às três empresas um estudo sobre da Embratur sobre a malha aérea da região e o que eles entendem como necessidades para a próxima década. A estrutura será um dos pontos determinantes para a concorrência entre as companhias. ?Esse projeto é chave para algo maior. Queremos vender o Nordeste nos próximos anos, com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas precisamos melhorar a ligação entre as cidades. Queremos que os turistas comprem pacotes para a região, com visitas a diferentes capitais, mas eles precisam ter alternativas de locomoção?, ponderou Fernandes.

Sair da versão mobile