Corinthians e BMG repetem modelo de São Paulo e Banco Inter

O Corinthians apresentou na tarde desta terça-feira (22) os detalhes do projeto “revolucionário” de patrocínio com o banco BMG. O princípio básico da relação, porém, será o que já faz o São Paulo há dois anos com o Banco Inter, patrocinador máster do time do Morumbi: participação sobre a abertura de novas contas.

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Segundo Andrés Sanchez, presidente corintiano, será criada em até 30 dias uma plataforma para a abertura de contas digitais chamada “Meu Corinthians BMG”.  

“É uma coisa nova, inovadora. Teremos uma parceria, não um outdoor na camisa. Vamos convocar a nação corintiana para abrir conta. Abrindo a sua conta digital gratuitamente, poderá usar todos os produtos do banco. Quando tiver 200 mil contas abertas no Meu Corinthians BMG, teremos uma grande surpresa”, disse Sanchez. 

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

O modelo não tem nada de novo. O Banco Inter tem exatamente o mesmo sistema com o São Paulo, que fica com uma porcentagem sobre os serviços usados pelo torcedor. Até o banco digital já é personalizado nas três cores do clube.

O mesmo Corinthians também já desenvolveu algo similar com a Caixa, patrocinadora do time entre dezembro de 2012 e abril de 2017. O torcedor tinha um cartão de crédito da instituição e, conforme utilizava, ganhava pontos dentro de um programa de fidelidade que daria recompensas para utilizar dentro do clube, como visitas e camisas oficiais. A moeda, chamada “coríntios”, foi apresentada em 2014. Em dois anos, o programa ganhou a adesão de apenas 8 mil torcedores e acabou desativado a partir da mudança de diretoria dentro do clube.

Apesar do histórico nada favorável, a diretoria de marketing corintiana segue acreditando que a parceria poderá render frutos. Os royalties mínimos garantidos anualmente são de R$ 8 milhões. Isso fará com que o clube tenha um fixo do BMG de R$ 30 milhões. Para 2019, o valor foi depositado integralmente nesta semana, quando o acordo foi assinado. Ou seja: só se o clube conseguir uma adesão em massa de torcedores e de assinaturas de serviços que ultrapassem esses R$ 8 milhões é que conseguirá ter algum dinheiro extra dentro da parceria com o BMG.

“O Corinthians está virando banco. A gente faz simulações. Foram feitas várias. Mas a melhor comprovação da crença do banco é quanto ele está disposto a colocar no momento. Alguém já ouviu falar de um contrato em que, no primeiro dia, são depositados R$ 30 milhões na conta de um clube? Esse número pode chegar a 50, 60, 70”, afirmou Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing corintiano.

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