Na disputa pelos direitos de imagem no mercado de games, Corinthians e Flamengo optaram por ganhar mais e fechar um contrato de exclusividade. Os dois times acertaram com o jogo Pro Evolution Soccer, da empresa japonesa Konami.
Com a decisão, as duas equipes não serão representadas no Fifa, jogo que internacionalmente é mais vendido que o PES e que, no Brasil, foi o mais vendido do último ano.
O problema foi a oferta feita pela Konami, cerca de 20 vezes maior do que a realizada pela EA Sports, produtora do Fifa. A intenção dos clubes era estar presente nos dois jogos, mas a empresa americana não quis igualar a oferta dos japoneses. O valor oferecido pela EA Sports para os times brasileiros foi na faixa dos R$ 10 mil.
O acordo, no entanto, é válido apenas para o jogo a ser lançado neste ano, o PES 2016. Não haveria nenhum empecilho para estar presente nas próximas edições.
Com foco no mercado brasileiro, o PES tem apostado em licenças locais. O jogo, que já mantinha a Liga dos Campeões da Europa, fechou com Conmebol para reproduzir a Libertadores nos vídeogames.
Clubes brasileiros da Série A também tem ganhado atenção, inclusive com estádios. Na versão do último ano, Morumbi, Vila Belmiro e Mineirão foram reproduzidos. No trailer divulgado para o modelo 2016, Arena Corinthians e Beira-Rio foram exibidos.
No último ano, todos os clubes brasileiros ficaram fora do Fifa. O problema foi uma brecha legal para que jogadores processassem a EA Sports, já que o direito de imagem assinado era feito com apenas com os clubes. Para este ano, a empresa já havia fechado com os times brasileiros, com exceção da dupla Corinthians e Flamengo.
Na Europa, a situação é mais simples porque a negociação não é individual. As empresas fecham com as ligas nacionais, que já envolvem os direitos de imagem dos clubes e dos jogadores.