Corinthians lança coleção sobre Democracia Corinthiana

Camisa usada por Sócrates será um dos principais artigos da linha - Crédito Divulgação

Camisa usada por Sócrates será um dos principais artigos da linha – Crédito Divulgação

O Corinthians irá lançar na próxima quinta-feira, nova linha de produtos licenciados, dessa vez voltada para a Democracia Corinthiana, movimento que aconteceu na década de 1980 no clube paulista. Os artigos – camisetas, bonés, acessórios, chaveiro, caneca, toalha, entre outros – irão misturar futebol, rock and roll e política, com base nos anos de 1982 e 1983, quando o time venceu o Campeonato Paulista.

A linha foi produzida pela SPR Franquias, gestora das lojas Poderoso Timão e parceira na confecção de produtos que não são feitos pela Nike, fornecedora de materiais esportivos. Para o evento de lançamento, no próximo dia 5, a empresa colocará perucas nos vendedores, a exemplo do que acontecia à época, e negocia com ex-jogadores daqueles tempos, como Biro-Biro, para que estejam presentes.

A coleção é extensa, e portanto será dividida entre os próximos meses. A princípio, serão levados ao público 25 produtos diferentes, e a perspectiva é que cada mês seguinte motive o lançamento de mais 20. “O Corinthians tem essa história de jogadores que subiam em palanque político, em show de rock, como em um da Rita Lee, e nós baseamos a linha nessa história”, conta Sylvio Tieppo, da SPR.

Por enquanto, a empresa está em fase de abastecimento das 108 lojas corintianas, administradas sob o modelo de franquias. A expectativa é que os produtos com a imagem de Sócrates, um dos protagonistas do movimento de 1980, que faleceu em 4 de dezembro de 2011, sejam aqueles que gerem maior retorno ao clube. Há uma camiseta na qual aparece o punho fechado, marca do ex-jogador.

A Democracia Corinthiana começou em abril de 1982, quando a presidência do time alvinegro passou a ser ocupada por Waldemar Pires, que contratou Adílson Monteiro Alves, um sociólogo, para ocupar a diretoria de futebol. Ele, por sua vez, prezava por ouvir o elenco antes de tomar decisões, e essa foi a brecha para que atletas politizados – como Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon – ganhassem espaço.

Por cerca de dois anos, as definições sobre contratações, regras de concentração, entre outros detalhes do cotidiano no futebol, foram decididas em conjunto por todos os jogadores, inclusive com sistema de voto. Esse sistema extrapolou o próprio clube, ao migrar para a política nacional, apoiado pelo publicitário Washington Olivetto, em um período no qual a ditadura era o regime de governo brasileiro.

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