Nenhum clube do Brasil deu tanto retorno de mídia aos seus patrocinadores em 2015 quanto o Corinthians. Nos últimos anos, a liderança no quesito esteve com o Flamengo, mas, segundo levantamento do Ibope Repucom, os paulistas passaram os rivais cariocas na última temporada.
Os números foram apresentados no “Sponsor’s Day”, evento na Arena Corinthians na última semana, que teve como objetivo exibir o estádio a empresários e mostrar propriedades no local, como camarote e centros de convenção, além de outras possibilidades de ativações.
O instituto não divulgou os números que envolvem as outras equipes. Considerando apenas o patrocinador máster, a ordem do ranking ficou com Corinthians, Palmeiras, Flamengo e Vasco. Nesse caso, a vantagens dos paulistas se devem ao fato de o parceiro em questão usar a frente e as costas da camisa, diferentemente dos cariocas.
Corinthians e Flamengo lideraram a audiência geral entre os clubes brasileiros. A vantagem ficou com a equipe paulista, que em 2015 atingiu 161 milhões de pessoas no total. Somente em São Paulo, foram 68 transmissões em emissoras abertas, com a soma de Globo e Band.
Com 686 horas na televisão, os patrocinadores do Corinthians tiveram um retorno de R$ 2,9 bilhões, o maior do Brasil. Considerando o retorno de alta qualidade, aquele que a marca fica exposta por mais de três segundos, o número ficou em R$ 797 milhões. Em comparação, em 2014 esse número ficou em R$ 601 milhões. Durante o ano de 2015, os parceiros da equipe tiveram retorno em 326 dias.
Há algumas uma curiosidade no levantamento. A exposição de marcas nos backdrops, que ganha mídia com as entrevistas coletivas, mas nem sempre é valorizada, teve um retorno maior do que o patrocínio máster do Corinthians: R$ 247 milhões contra R$ 195 milhões. Claro que a conta inclui todas as marcas expostas.
À Máquina do Esporte, o Ibope Repucom fez duas ressalvas que ajudam a explicar a vantagem do Corinthians. A primeira, mais óbvia, é campanha do clube em 2015, com o título brasileiro. A segunda é a representatividade de São Paulo na tabela comercial das emissoras. Basicamente, aparecer na capital paulista é mais caro do que no Rio de Janeiro.