O Brasil fez em Toronto, no Canadá, a sua campanha mais vitoriosa na história dos Jogos Parapan-Americanos: 257 medalhas conquistadas, sendo 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze, além do primeiro lugar no quadro geral da competição. A meta, agora, é chegar ao quinto lugar nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, desafio que contará com a ajuda de um aporte de R$ 90 milhões oriundos de mudanças na Lei Agnelo/Piva sancionadas em julho.
O texto prevê que 2% (2,7% a partir de janeiro, com a sanção da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência) da arrecadação bruta das loterias federais em operação no país, descontadas as premiações, sejam destinados em favor do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A arrecadação passará de R$ 39 milhões para R$ 130 milhões, segundo informou o presidente do CPB, Andrew Parsons, aumentando o poderio da política de investimentos em atletas paralímpicos do Ministério do Esporte. No Parapan do Canadá, 249 (96,8%) atletas medalhados foram para contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio.
A pasta tem dois convênios ativos com a entidade paralímpica. O primeiro deles, de R$ 38.213.180,05, é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades e engloba custos de transporte terrestre e aéreo no Brasil e no exterior, hospedagens, alimentação, contratação de recursos humanos, aquisição de uniformes, materiais e equipamentos esportivos. Também inclui a realização de competições, a participação em torneios e períodos de treinamento e intercâmbio para jovens.
O outro, de R$ 1,8 milhão, foi destinado a propiciar a participação da missão brasileira nos Jogos Parapan-americanos de Toronto 2015. Adicionalmente, estão sendo finalizadas, em São Paulo, as obras do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro para 15 modalidades, com investimento total de R$ 288,7 milhões. Desse montante, o governo do estado de São Paulo financia R$ 123,7 milhões.