CPB vê necessidade de apoio privado para ativar paralímpicos

Em 2015, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) celebrou a realização do primeiro contrato firmado por uma empresa privada a uma modalidade paralímpica. O acordo da Braskem com o paratletismo foi visto como uma quebra de barreira pelo CPB do que representa o esporte. 
 
“Nós não somos uma modalidade, nós somos um movimento. Quando a Braskem vem e entra no paratletismo, é a primeira vez que uma empresa privada decide entrar numa única modalidade, querendo ativar uma modalidade. Isso era algo que nós perseguíamos há tempos”, diz Andrew Parsons, presidente do CPB.
 
Segundo o dirigente, essa foi a maior conquista em termos de negócios da entidade no ano que se encerrou. A visão de Parsons é de que, com a participação de uma empresa privada no esporte, as ações de ativação aumentam.
 
O raciocínio faz sentido. Na primeira semana do ano, o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, passou a ostentar campanha da marca com os principais atletas da modalidade, já de olho nos Jogos Paralímpicos do Rio-16. “O patrocinador privado tem isso. Ele ativa bastante”.
 
Desde 2004, a Caixa é a principal patrocinadora do movimento paralímpico. São mais de uma dezena de modalidades patrocinadas pelo banco estatal, que faz ações esporádicas de ativação.
Por conta disso, o CPB espera que a performance dos atletas do país nos Jogos, em conjunto com as ações de ativação, possam mudar o cenário após 2016. A ideia é conseguir algo como o comitê britânico, que após Londres-2012 reteve sete patrocinadores.
 
“Acho que não seria possível esse movimento antes. É um processo. Nós estamos nos tornando grandes dentro de um negócio que é grande”, finaliza Parsons.
Sair da versão mobile