Novak Djokovic chegou ao Rio como promessa de medalha, possivelmente de ouro. O badalado tenista sérvio, porém, não chegou nem ao terceiro dia de competições. Foi eliminado na estreia na chave de simples e na segunda rodada de duplas.
Chorou, disse estar decepcionado em deixar o sonho do ouro olímpico e não quis conversar muito mais com a imprensa. Mas, agora, o sérvio parece refeito da ressaca da derrota. E virou um turista profissional no Rio.
Terça, com o termômetro perto de 30ºC, Djoko fez passeios tipicamente cariocas pela cidade. Eram cerca de 18h quando viu o pôr-do-sol em Ipanema. Depois, foi até uma lanchonete e tomou um açaí na tigela. E, então, partiu para o MAM, que havia sido preparado para recebê-lo. Fechado para dar lugar à Vila Skol nos Jogos, o MAM tem como grande atração uma estátua de 6m que reproduz Djokovic em ação. A obra foi homenagem do artista americano Brendan Murphy, amigo do sérvio. Feita nos EUA, foi transportada ao Brasil.
Após os Jogos, a peça vai viajar de novo. Será doada para uma escola na Sérvia erguida pelo tenista.
A Máquina do Esporte acompanhou a visita. Djokovic ficou empolgado ao se ver retratado. Contou que ajudou na concepção da obra, dando detalhes de qual foto gostaria que fosse usada como base. Falando com dois amigos em sérvio e a intérprete em inglês, não cansava de repetir a palavra “inacreditável”.
Após gravar um depoimento a Murphy, quis saber da intérprete qual palavra mais lhe chamava a atenção dentre as dezenas espalhadas pela obra. Ao ela dizer que era “ginga” e explicar o signifcado do termo, Djoko tentou requebrar as cadeiras, arrancando risos das cerca de 30 pessoas presentes, todas do staff que trabalha para a Skol no MAM. Depois, perguntou como era a reação das pessoas que iam à Vila Skol e davam de cara com a imponente obra. Quis saber se ela ficava acesa durante o dia, onde o público parava para tirar foto, etc.
Depois de posar para uma sessão de fotos e fazer algumas brincadeiras, Djoko decidiu seguir o roteiro turístico. Foi quando tentamos abordá-lo para um papo curto. Seria a primeira entrevista exclusiva após ter perdido no Rio. A resposta, com sorriso no rosto, foi como um winner de devolução. “Desculpe, cara, mas isso é um evento privado. Ainda não quero falar”.
Sinal de que a dor da derrota não passou. Djoko, agora, não é o tenista número 1 no Rio, mas apenas um turista da Sérvia nos Jogos.