Crise pode reduzir patrocínio na Europa

Principal explicação para a ?limpeza? dos uniformes dos clubes brasileiros no início de temporada, a crise financeira mundial também deve fazer suas vítimas na Europa. Segundo a agência ?Reuters?, especialistas do Velho Continente avaliam a situação de clubes como o Manchester United, que busca um novo parceiro master, de forma temerosa. ?Em tempos de penúria financeira, as empresas vão, naturalmente, procurar maneiras de cortarem os custos, e os patrocínios de eventos esportivos, incluindo as camisas de futebol, parecem um alvo natural e fácil?, disse Chris Brooks, professor de finanças e diretor de pesquisas da Universidade de Reading, na Inglaterra. ?Mesmo que os clubes de futebol continuem atraindo alguns patrocinadores, é mais provável que os próximos acordos sejam menos lucrativos para os clubes?, disse Joa McLean, especialista em finanças no futebol da consultoria Grant Thornton, em entrevista à ?Reuters?. Caso o movimento realmente aconteça, será o primeiro impacto conjunto da instabilidade financeira mundial nos grandes clubes de futebol. Até o momento, a manutenção dos contratos assinados, especialmente com as redes de televisões pelos direitos dos campeonatos em disputa, vem garantindo a solidez das equipes. Uma debandada de empresas do setor, no entanto, agravaria as dificuldades financeiras. O exemplo mais emblemático é o dos ingleses do Manchester United, que não renovarão seu compromisso com a seguradora norte-americana AIG. A empresa, que está em situação delicada, já avisou que reduzirá sua participação no esporte em 2010. No Brasil, gigantes como Corinthians e São Paulo sentiram a crise da pior maneira possível. O clube do Morumbi, mesmo com o terceiro título brasileiro consecutivo, não conseguiu o aumento que pretendia e fechou mais um ano de acordo com a LG, por R$ 18 milhões. Já os alvinegros seguem em busca de um parceiro interessado em investir os R$ 20 milhões pedidos pela ligação com o atacante Ronaldo.

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