Crise política faz Ministério do Esporte viver clima de indefinição

O secretário nacional de Alto Rendimento Ricardo Leyser

A crise política vivida pelo Brasil fez uma vítima: o Ministério do Esporte. A pasta está sem titular, com a saída de George Hilton a menos de cinco meses do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Na semana passada, o PRB, partido do ministro, anunciou saída da base aliada. Por conta disso, entregaria todos os cargos que possuía no governo, incluindo o Ministério do Esporte. Hilton até ensaiou uma sobrevivência como titular da pasta. O ministro deixou o PRB e se filiou ao Pros.

Em vão. Sua saída, embora ainda não confirmada oficialmente, é certa. Seu substituto deve ser Ricardo Leyser, do PCdoB, atual secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento. Pelo menos é isso o que garante Jaques Wagner, chefe de gabinete da presidente Dilma Roussef.

“A questão do ministro George Hilton, por quem a presidente tem muito apreço, foi mais uma indisposição dele no PRB. Ele foi para o Pros e não havia negociação com o Pros para ter ministério”, afirmou Wagner, em entrevista à imprensa internacional, no Rio de Janeiro.

“O Leyser é o cara que mais acompanhou o processo da Olimpíada, porque está lá desde o tempo do Aldo [Rebelo, ex-ministro do Esporte]”, acrescentou Wagner, referindo-se ao atual titular da pasta da Defesa.

A nomeação de Leyser, porém, não havia sido efetivada até a noite de ontem. Tudo dependia de mais negociações.

Com a saída de Hilton, o governo ensaiava uma reaproximação com o PRB. Mas o partido soltou nota no final da manhã de quarta-feira informando que os três secretários indicados pelo partido para o ministério (Marcos Jorge, Rogerio Haman e Carlos Geraldo) já haviam colocado o cargo à disposição. “O PRB não voltará à base do governo Dilma e continuará independente”, afirmou a nota. 

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