Sem nenhuma alternativa de estádio para jogar em Belo Horizonte, o Cruzeiro está nas mãos da BWA. A empresa foi escolhida pelo Estado de Minas Gerais para administrar o Independência, pertencente ao América-MG, e prometeu à equipe celeste oferecer algum plano de negócios para que ela jogue no local, mas a proposta ainda não foi entregue à cúpula cruzeirense.
“Não temos opção, senão jogar lá, e estamos aguardando proposta da BWA para poder fazer jogos lá. Já houve algumas reuniões, e eles ficaram de apresentar um plano, mas ainda estamos aguardando”, conta Marcone Barbosa, diretor de marketing da equipe, à Máquina do Esporte.
De qualquer modo, o modelo oferecido ao Cruzeiro dificilmente será similar ao que o Atlético-MG conseguiu. Os alvinegros criaram sociedade com a companhia, ainda sob análise da Advocacia Geral do Estado, e devem obter 45% de toda receita líquida obtida com a operação comercial da arena. Em troca, levam todos os jogos para lá até a reabertura do Mineirão.
O problema é que já não há mais fatias da renda a serem repassadas. Com 45% restantes do lucro, imagina-se no Cruzeiro que dificilmente a BWA abriria mão de mais uma parte do negócio para inclui-lo. “Não há nenhum impedimento para que isso aconteça”, pondera o diretor cruzeirense. “Mas não sei se ela irá querer dar parte dos 45% dela para nós”.