Em 11 anos de Máquina do Esporte, já vimos cententas de ações feitas pelo esporte em datas comemorativas que, quase sempre, não conseguem sair do clichê básico dessas efemérides.
Por isso mesmo, dá para se dizer que, ontem, o Cruzeiro fez história ao usar o Dia da Mulher não para dar flores a elas, colocar detalhes em rosa na camisa ou contar histórias de torcedoras.
O que o clube fez foi ser fiel à história do que é o Dia da Mulher, uma data para celebrar a luta por igualdade de direitos. Ao expor algumas das situações desiguais que elas ainda atravessam na sociedade brasileira, o clube foi resgatar a história e fez história.
Um dos princípios essenciais para que haja uma boa ação de marketing é saber contar a história. É o primeiro passo para que, assim, seja possível contar novas boas histórias ao público.
O grande segredo para a ação do Cruzeiro ter sido eficiente foi o fato de o clube ter procurado uma ONG que trabalha com o tema de desigualdade de gêneros para legitimizar sua ação.
A partir disso, a mensagem que foi transmitida pelo clube teve alcance muito mais favorável do que outras.
O que o Cruzeiro fez mostra a importância de fazer uma consulta a especialistas quando realizar a ação de marketing. Ao assumir que não tinha o conhecimento técnico para tratar de um tema, o clube obteve mais sucesso em sua iniciativa para o público.
Curiosamente, a solução veio não de uma agência de marketing conceituada, mas de uma ONG que trabalha na causa que era o tema da ação. Mais do que a boa ideia, ser legítimo é o que assegura uma boa ação de marketing.