Decathlon volta a ter loja nos Estados Unidos após 10 anos

A Decathlon voltou a ter uma loja nos Estados Unidos após dez anos fora do mercado americano. Com a novidade, a rede varejista francesa de artigos esportivos mostra que sentia falta de estar presente em um dos maiores mercados consumidores do mundo, mas, ao mesmo tempo, deixa claro que usará outra estratégia nesta nova incursão.

A cidade escolhida foi San Francisco. A loja, localizada no número 735 da Market Street, possui cerca de 800 metros quadrados e não tem como característica o estilo tradicional da Decathlon. Ela servirá como uma espécie de cobaia da empresa para estudar o impacto do retorno ao mercado americano.

Foto: Divulgação / Decathlon

“Trata-se de um espaço de reflexão, criatividade e diálogo entre designers, clientes e atletas. A Decathlon também servirá como um centro comunitário para atividades que vão desde corridas em grupo a workshops e ioga”, afirmou a multinacional, em comunicado oficial.

A estratégia de ir passo a passo contrasta bastante com a primeira vez em que a marca chegou ao mercado americano. Em 1999, a Decathlon entrou de forma maciça no país ao comprar 18 lojas de uma empresa local, a MVP Sports. As coisas, no entanto, não saíram como o planejado e a incursão durou apenas 10 anos.

“O que realmente diferencia a Decathlon de outras fabricantes esportivas não é a quantidade de lojas, mas sim a inovação. Nós projetamos e fabricamos nossas próprias marcas para cada esporte individual para garantir um produto da mais alta qualidade a um preço mais acessível, tornando o esporte mais acessível a todos”, explicou Michel d’Humières, CEO da Decathlon nos Estados Unidos.

Atualmente, a Decathlon opera em 39 países ao redor do mundo e possui mais de 1.350 lojas. A rede francesa encerrou 2018 com um avanço de 5%, alcançando um faturamento de € 11,3 bilhões. Apesar do número expressivo, a multinacional ligou o sinal de alerta nos bastidores. Isso porque a taxa de crescimento foi a menor da década e a primeira nos últimos cinco anos em que o volume de negócios subiu menos do que 10%. Além disso, o lucro líquido da varejista caiu 19% em 2018, para “apenas” € 497 milhões.

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