Decisão técnica faz final do Paulista ter pior público e renda no século

O Audax mandará o primeiro jogo da final do Paulistão em Osasco

“O futebol é feito também de dinheiro, mas não só de dinheiro. O futebol é feito de respeito com torcedor, com as tradições, e com aquilo que cada clube fez durante competição”.

A frase foi dita por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, para justificar a decisão tomada pela entidade para mandar os dois jogos da final do Paulistão Itaipava para os acanhados estádios José Liberatti e Vila Belmiro, em Osasco e Santos.

Os duelos entre Audax e Santos serão nos estádios em que os dois times mandaram suas partidas durante toda a competição. A decisão foi tomada em comum acordo pelas três partes envolvidas: os clubes e a federação.

Isso fará com que, pela primeira vez neste século, a final estadual leve menos de 30 mil pessoas aos estádios. A última vez que isso aconteceu foi em 1990, quando pela primeira vez dois times do interior paulista decidiram o Estadual. Naquela ocasião, Bragantino e Novorizontino levaram cerca de 30 mil torcedores a campo.

Em Osasco, o Audax só deve colocar 10 mil ingressos à venda para a decisão contra o Santos. Já a partida derradeira da competição, em Santos, deve atrair ao máximo 15 mil torcedores, que é a capacidade da Vila Belmiro. 

“Achei melhor, em conjunto com os donos, jogar no município que recebeu tão bem a equipe. Foi de comum acordo”, disse Vampeta, presidente do Audax.

Com isso, os dois clubes não terão uma arrecadação milionária para a decisão. No ano passado, o duelo entre Palmeiras e Santos, da primeira final, gerou uma receita bruta de R$ 4,181 milhões, dividida entre as duas equipes. 

Já o Audax faturou cerca de R$ 1 milhão com a semifinal contra o Corinthians, jogada em Itaquera.

 

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