“Hoje, o que a gente está vendo com a marca Kaiser é uma reavaliação dos principais pilares de ativação da marca. A marca teve um histórico muito grande com o futebol amador, e aí tiveram algumas avaliações de retorno, seja por exposição de mídia ou investimento de vendas nas praças onde a gente executava as parcerias”, conta à Máquina do Esporte o diretor de marketing e patrocínios da Heineken, Bernardo Spielmann.
A empresa emitiu nota via assessoria de imprensa comentando o fim do campeonato, dizendo que “a Copa Kaiser faz parte da história da marca e da vida de milhares de pessoas, entre atletas, seus familiares e amigos, torcedores, e as comunidades no entorno dos campos onde acontecem os jogos. Porém, por questões estratégicas, infelizmente 2014 será o último ano em que a marca patrocinará o campeonato”.
“Não é um afastamento de período fixo. A gente está revendo os valores e as oportunidades. Hoje não tem um pilar específico do qual a marca está se apropriando ou se aproximando, mas a gente está avaliando o investimento em esporte, especificamente”, afirma Spielmann.
O histórico da marca nos últimos tempos é turbulento. Em 2012, a Kaiser contratou Mano Menezes – quendo ele ainda era técnico da seleção brasileira – para ser garoto-propaganda. Logo depois, o atual técnico do Corinthians foi demitido do cargo assumido por Luiz Felipe Scolari, quem a comandará durante a Copa do Mundo no Brasil.
“O Mano Menezes teve uma relação com a Kaiser enquanto técnico da seleção brasileira. E tiveram benefícios dos quais a marca se apropriou com a imagem dele. Se você tem um ativo e está trabalhando sem retorno nenhum, mas contando que ele vai chegar na Copa do Mundo e não acontece isso, você tem uma perda. Eu acho que a gente utilizou bem ele durante o período anterior ao grande torneio”, minimiza o diretor de marketing da Heineken.
A entrevista completa com Spielmann, em vídeo, vai ao ar na próxima segunda-feira (5) na Máquina do Esporte.