Eurico Miranda, presidente do Vasco, passou a maior parte do ano em rota de colisão com a administração do Maracanã. Nesta terça-feira, no entanto, o dirigente deu o braço a torcer e mandará uma partida no local. O objetivo? O cobiçado público do horário das 11 horas.
O time enfrentará Joinville na manhã de domingo, dia dos pais. Com a capacidade reduzida em São Januário, o clube abriu mão dos desentendimentos com o Maracanã por almejar uma grande presença de torcedores.
Em nota oficial, o se justificou: “O Vasco considera que o público, com o incentivo do Dia dos Pais, justifica a opção por mais espaço para o seu torcedor”. Falta apenas definir as ações promocionais para divulgar a partida.
Nem o clube e nem o Maracanã divulgaram como será o acordo. Na Série B, quando optou por jogar no estádio, o Vasco teve que abrir o bolso. Contra o Icasa, 56 mil pessoas geraram R$ 1,6 milhão. No entanto, duas contas foram para a concessionária da arena. Foram R$ 435 mil de aluguel de estádio e R$ 300 mil de custo operacional.
Publicamente, Eurico Miranda tem protestado com frequência o acordo entre Flu e Maracanã. A implicação do dirigente é pela colocação da torcida rival no lado direito do estádio, onde tradicionalmente ficavam os vascaínos. Durante o Campeonato Carioca, Eurico defendeu a Federação de Futebol do Estado na imposição de um preço máximo ao ingresso, o que irritou a concessionária do Maracanã.
Em má fase no Campeonato Brasileiro e mandando jogos em São Januário, o Vasco tem média de público inferior a 9 mil pessoas neste ano. Os dois maiores públicos dessa edição do Brasileiro, ambos com mais de 55 mil pessoas, foram em partidas às 11 horas, com o São Paulo e o Atlético Mineiro como mandantes.