Realizada na semana passada, em Rio Quente (GO), a 12ª edição da Copa Latina de beach soccer escancarou um problema muito sério para a modalidade: entre improvisos e descuidos, jogadores de todas as seleções que participaram do evento mostraram que o trabalho de respeito a patrocinadores ainda não é totalmente respeitado no esporte.
O exemplo mais gritante foi o uso do backdrop em entrevistas. Jogadores de todas as seleções conversaram com jornalistas de TV sem mostrar ao fundo o logotipo de seus patrocinadores. Houve até casos em que os atletas se posicionaram na frente do painel, mas atenderam a um pedido e viraram para uma direção que não exibia nenhuma marca.
Outro problema foi o uso de uniformes. A área de imprensa foi montada após a saída dos atletas da arena. Essa zona mista acontecia quando os jogadores se deslocavam entre a ducha pós-partida e a sala em que ficavam concentrados. Portanto, era comum que os atletas dessem entrevistas sem camisa.
Um caso curioso aconteceu com um jogador da seleção brasileira. Quando recebeu o pedido para dar uma entrevista em vídeo, ele percebeu que estava sem camisa. Para evitar que o problema aparecesse na gravação, pediu um uniforme emprestado a um companheiro.
Também houve um jogador da seleção brasileira que lembrou de colocar a camisa, mas deu entrevista fora do backdrop. Entre os atletas de Argentina, México e Uruguai, então, o compromisso com exibição das marcas era ainda menor.
Nos pés, as seleções de Brasil e Argentina tinham chinelos patrocinados por suas fornecedoras de material esportivo (Nike e Adidas, respectivamente). Ainda assim, muitos atletas dos dois times circularam pela arena com calçados de outras marcas.
Mas a Copa Latina também teve espaço para improvisos entre as seleções. O mais gritante foi o uniforme de passeio da equipe uruguaia, que era originalmente feito para o time nacional de futsal e tinha estampado o nome da modalidade.
* O repórter viajou a Rio Quente como convidado da organização da Copa Latina.