Diário da Rússia: Por que a Copa é a mais mobile da história

Diferentemente do pesquisado antes de embarcar, os russos que conheci até aqui são gentis e se mostram felizes em receber os turistas em seu orgulhoso país. Outra das informações, entretanto, estava corretíssima: são muito raros os que falam inglês, e russo é uma língua dificílima de entender!

Desta forma, para garantir minha sobrevivência, fui atrás de um chip pra celular de uma operadora russa. Um plano de 7GB de dados com direito a uso de redes sociais ilimitado me custou 350 rublos, pouco mais de R$ 20! Economias à parte, o celular tem um papel vital.

Foto: David Pinski

Para começar, exceto nos materiais da Fifa, algumas placas nos aeroportos e locais frequentados por 90% ou mais de turistas, tudo é escrito em cirílico. Eu até tentei estudar antes da viagem, mas desisti ao perceber que algumas letras são pegadinhas e as palavras não lembram nenhuma língua familiar. Para estes casos, o Google Translate é um dos apps mais baixados pelos turistas: é só apontar com o celular e lá aparecem as palavras traduzidas instantaneamente. Pedir “por favor, gostaria de uma cerveja gelada” se transforma em “Пожалуйста, я бы хотел холодное пиво” pelo mágico celular que agora é fluente em russo. 

Nos estádios e Fan Fests, celulares sempre em punho pra captar a entrada dos times em campo, aquela cobrança de falta que pode virar gol ou a imperdível selfie com gramado ao fundo. Em um toque, lá estão os momentos nas redes sociais. Para encontrar aquele melhor amigo que conheci ontem no estádio, Google Maps e comunicação via WhatsApp. Em quantos grupos não fui adicionado para combinar o esquenta do próximo jogo ou mandar os memes da partida que recém-terminou?

Enfim, deixa eu me despedir porque a bateria vai embora rapidinho e ficar sem celular na Rússia é mais complicado que não ter dinheiro ou perder o passaporte. Preciso ainda atualizar meus resultados do bolão, ligar pra casa para saber como estão as coisas e procurar por um restaurante bom e barato por perto.

* David Pinski é louco por futebol há 42 anos, marketeiro há 21 e está na sua 2ª Copa do Mundo

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