Vender o naming right da arena do Corinthians não será como vender um patrocínio para a camisa do clube. Para o novo diretor de marketing do time, Ivan Marques, o departamento terá que se preparar para uma negociação específica e mais complexa que o comum.
Em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, Marques ressaltou que é necessário entender esse mercado, pouco desenvolvido no Brasil, para conseguir fazer a melhor associação possível com a marca que irá gastar o alto valor. “É preciso que exista uma fórmula muito bem endossada para trabalhar estádio, que está em processo para que o clube consiga um maior contrato, com maior fidelização”, afirmou.
O Corinthians conta com o valor do naming right para chegar próximo ao valor total que o clube gastará com o seu estádio. Para isso, espera ganhar R$ 350 milhões nos próximos 15 anos com um contrato que dê o nome da empresa ao futuro local de jogo do time, além de uma série de direitos de ativação, incluídos em um patrocínio desse porte.
O valor total de construção do estádio deverá chegar a R$ 820 milhões, mas metade dessa quantia será arcada com os benefícios fiscais cedidos pela prefeitura de São Paulo, já que o local receberá a abertura da Copa do Mundo de 2014. Para o evento, haverá ainda uma ampliação de 20 mil lugares, que serão financiados pelo Estado de São Paulo.
Para definir propriedades comerciais da arena, o clube já contratou a agência FanClub, que definiu 80 possibilidades de negócios, desde parcerias para iluminação ao próprio naming right. A expectativa do Corinthians é lucrar no mínimo R$ 80 milhões anuais com a arena em pleno funcionamento.