Dirigente da NBA critica protesto de jogadores em caso Eric Garner

Adam Silver, principal dirigente da NBA, que criticou os jogadores

Adam Silver, principal dirigente da NBA, criticou os jogadores por se manifestarem, durante jogos da liga, contra a impunidade policial após a morte do camelô negro Eric Garner. Craques como Derrick Rose e LeBron James usaram no aquecimento em jogos do torneio uma camisa preta com os dizeres: “Não posso respirar”, última frase de Garner, antes de morrer sufocado, ao ser detido pela polícia. O júri convocado para examinar o caso decidiu não indiciar o agente por falta de provas, o que causou revolta popular. 

“Respeito Derrick Rose e todos nossos jogadores, que têm o direito de expressar seus pontos de vista sobre questões importantes. Mas gostaria que os atletas respeitassem nossas regras sobre o uniforme de quadra”, criticou o dirigente, referindo-se ao fato de as vestimentas não serem da Adidas, patrocinadora da NBA.

A manifestação dos atletas gerou uma situação delicada para os dirigentes, que chegaram ensaiar uma punição a Rose, antes de sua iniciativa ser engrossada por outros atletas. Na última segunda-feira, dois jogadores do Cleveland Cavaliers, incluindo LeBron James, e quatro do Brooklyn Nets, entraram em quadra para se aquecer trajando a mesma camiseta. Com isso, só restou à NBA contemporizar dizendo que não multaria os atletas pela iniciativa.

Uma solução simples poderia ser a Adidas fabricar uma camisa com os dizeres do protesto e os logos apropriados da parceria comercial. No entanto, isso implicaria uma chancela oficial, tanto de NBA como de fornecedora ao protesto dos jogadores, o que não é bem visto pelos cartolas. Os atletas, por outro lado, querem apenas engrossar o movimento.
“Não importa de que raça você é, o que se trata é de mostrar à família [de Garner] que estamos com eles e que devemos ser melhores”, conclamou LeBron James, após o jogo.

“É importante o que estamos fazendo. Devemos seguir pelo mesmo caminho e todos unidos”, fez coro seu colega de clube, Kyrie Irving.

Uma punição por causa das manifestações políticas parece a cada dia mais inviável à direção da liga. O último a entrar na campanha foi Kobe Bryant, que assim como seus colegas de equipe, usou a camisa de protesto pouco antes do confronto do Los Angeles Lakers com o Sacramento Kings. 

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