Dívidas ameaçam Apertura na Argentina

As dívidas de clubes com jogadores podem impedir a realização do torneio Apertura, principal competição do futebol argentino, que aconteceria no segundo semestre deste ano. O sindicato dos Futebolistas Argentinos Agremiados (FAA) já avisou que a previsão de início no dia 14 de agosto é impossível, e que defenderá uma greve até que os débitos sejam sanados. ?A maioria dos clubes não pode fazer frente a suas obrigações, e é muito difícil que isso se resolva em menos de um mês. Se eles não pagarem tudo que devem aos atletas, não teremos condições de começar a competição?, disse Sergio Marchi, secretário-geral do FAA, em entrevista coletiva. Não existe uma projeção sobre o montante total que os clubes devem aos atletas. Porém, a possibilidade de uma greve expõe a gravidade da situação e uma crise no modelo de gestão do futebol argentino. Essa ideia é reforçada pela recente desvalorização da venda de atletas, principal fonte de receita dos clubes do país. O Boca Juniors, que chegou a estabelecer um preço de 20 milhões de euros pelo atacante Rodrigo Palacio há dois anos, negociou o jogador com o Genoa por 5 milhões de euros com o Genoa porque dependia do dinheiro para saldar dívidas. ?Muitos clubes têm dívidas e pensam que podem resolver isso se venderem um jogador. Mas as vendas estão cada vez mais complicadas. E se não fosse a nossa entidade, ninguém cobraria as equipes em nome dos jogadores da Argentina?, concluiu Marchi.

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