“É uma mancha na história do vôlei”, diz superintendente do COB sobre crise na CBV

A série de acusações sofrida pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) nos últimos meses “é uma mancha na história do vôlei”, segundo Marcus Vinicius Freire, superintendente do Comitê Olímpico Brasileiro e ex-atleta.

Ele, um dos jogadores da “geração de prata” do vôlei brasileiro, hoje é um dos nomes mais fortes do comitê que rege os esportes olímpicos no Brasil. Como executivo, Freire disse em entrevista à Máquina do Esporte durante um fórum sobre gestão esportiva em São Paulo, na última quinta-feira (24), que uma das grandes dificuldades de órgãos esportivos no Brasil é conseguir transmitir credibilidade ao mercado – algo que, para ele, tem sido feito pelo comitê brasileiro. “Nós temos linha direta com a Caixa Econômica Federal. O TCU (Tribunal de Contas da União) e o CGU (Controladoria Geral da União) conseguem ver todo o movimento de entrada e saída do COB. Então nossos patrocinadores têm essa credibilidade”, afirmou Freire.

A crise na CBV se dá justamente na relação com patrocinadores. A ESPN acusou a entidade neste início de ano de pagar comissões a intermediários pelo contrato do Banco do Brasil, um negócio que existe há décadas e que, em teoria, não precisaria de intermediários. O caso causou a demissão de Marcos Pina, então superintendente-geral. A entidade prometeu contratar uma auditoria externa para revisar as próprias finanças e tomar atitudes tanto para apurar irregularidades quanto para estancar a hemorragia na imagem da confederação. O Banco do Brasil, inclusive, ameaçou publicamente acabar com o patrocínio.
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