A mídia brasileira começou a repercutir ainda na sexta-feira a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010. Grande parte disso foi motivada por estratégias de patrocinadores da equipe nacional, que aproveitaram o revés para passar mensagens motivacionais ou virar o foco para o torneio de 2014, que será no Brasil.
A primeira a falar sobre o resultado foi a Nike. A empresa de material esportivo usou redes sociais para amenizar a eliminação. “É hora de transformar lágrimas em suor. O treinamento para 2014 começa agora”, disse a companhia em redes sociais.
A Brahma também lançou um anúncio especial para o pós-Copa. Na peça, todos os personagens que apareceram na campanha dos “guerreiros” aparecem. A companhia fez ações com jogadores e com o técnico Dunga para exaltar o espírito da seleção brasileira.
Durante a semana, uma gafe já tinha revelado estratégia similar do grupo Pão de Açúcar. O patrocinador da seleção brasileira tinha preparado um anúncio motivacional para o caso de eliminação, mas o jornal “Folha de S.Paulo” cometeu um erro e publicou a peça após a vitória sobre o Chile na segunda-feira.
Algumas empresas que investiram na seleção brasileira preferiram manter suas campanhas como forma de demonstrar apoio ao time independentemente do resultado. É o caso da companhia de telefonia móvel Vivo, que seguirá com uma ação que distribui camisas da equipe nacional e publicou no fim de semana um anúncio sobre a eliminação.
A Volkswagen também não interromperá as vendas do Gol modelo seleção brasileira. O carro com escudos da CBF bordados nos bancos e vários detalhes alusivos ao time pentacampeão ficará nas concessionárias até que todo o estoque seja vendido – três mil peças foram lançadas.
“Claro que, se ganhássemos, seria excelente para todas as empresas que apoiaram. Mas um resultado negativo é um risco esperado”, minimizou Marcello Serpa, sócio da agência AlmapBBDO, ao jornal “O Estado de S. Paulo”.