Em crise, rede de loja do Corinthians ameaça clube com processo

A relação entre os franqueados da Poderoso Timão, loja oficial do Corinthians, com o clube e com a franqueadora SPR não está nada boa. As lojas estão com problemas financeiros e, nos últimos meses, o número de unidades caiu de 130 para 80.

Falta de produtos, produtos caros, poucas opções de pagamento para o cliente físico são algumas das reclamações dos lojistas, que se sentem pouco atendidos pelo clube e pela SPR. Além disso, as franquias alegam não receber benefícios da mensalidade para promoção da rede.

O caso se tornou público após a página do Facebook da loja localizada no Shopping Frei Caneca explicitar a insatisfação. “Fundo de propaganda sendo desviados, sem contar mais de 200 milhões que foram investidos na SPR em 2013 e o dinheiro sumiu”, dizia a publicação.

Segundo a mensagem, a associação chegou a se reunir com Andrés Sanchez, ex-presidente do clube, e com Luiz Felipe Santoro, advogado do Corinthians, mas o encontro não teria surtido efeito.

O texto ainda faz acusações graves: “Temos vários documentos que provam a roubalheira”. E ainda ataca a diretoria do clube: “Muitas coisas poderiam ser feitas para ajudar o Corinthians a ser o maior do mundo, mas esses incompetentes não sabem a força que esse nome tem”.

O site da ESPN obteve acesso à lista de exigências feita pela Associação de Franqueados da Poderoso Timão (AFPT), grupo criado por 11 lojistas. Entre os pedidos, estão ingressos para relacionamento, venda de entradas em todos os estabelecimentos, multa para atrasos e prestações de contas da SPR.

Em resposta à própria ESPN, a SPR alegou que as quedas das vendas aconteceram por causa da Copa do Mundo e da crise vivida pelo país. E ainda garantiu que iria renegociar as dívidas com as lojas caso por caso.

Até 2013, a rede Poderoso Timão era vista como o grande case entre lojas oficiais de clubes no Brasil. Eram mais de cem unidades franqueadas, além de algumas lojas próprias. Com o sucesso, a SPR acertou contratos com outros times, caso de Vasco, São Paulo, Cruzeiro entre outros.  

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