A única coisa certa é que Marcos parou. Entre choros e declarações emocionadas, o goleiro concedeu nesta quarta-feira a última entrevista coletiva como atleta profissional. O evento serviu para o ídolo do Palmeiras expor parceiros pessoais e mostrar o quanto o futuro dele ainda é incerto.
O evento foi realizado no centro de treinamentos do Palmeiras, na Barra Funda. Marcos usou a camiseta e o boné para estampar marcas de parceiros, e espalhou quatro marcas por esses espaços: Topper, Tenys Pé, Della Via Pneus e www.novaarena.com.br, site do futuro estádio do time alviverde.
Em grande parte da entrevista coletiva, Marcos focou o passado. Ele falou sobre glórias, erros e episódios da carreira como atleta, marcada pelos títulos da Libertadores de 1999 (com o Palmeiras) e da Copa do Mundo de 2002 (com a seleção brasileira).
O goleiro também abordou assuntos pessoais, como o pai e a relação com o apelido “São Marcos”. Esses trechos foram a parte mais consistente da entrevista coletiva.
Quando o assunto mudou para o futuro, as certezas também se dirimiram. Marcos e o Palmeiras expuseram uma série de ideias, mas ainda não têm nenhum plano específico para o pós-carreira do goleiro.
O ídolo, por exemplo, colocou-se à disposição de ações de patrocinadores. “Fiz pouco marketing quando era jogador. Me dediquei mais à minha profissão. Agora eu já falei que a história é outra. Se precisar, choro em velório ou bato palma em aniversário”, disse Marcos.
Na semana passada, depois de a aposentadoria ter sido anunciada a Topper já havia valorizado essa disponibilidade. A despeito de ter demonstrado consternação com o fim da carreira do goleiro, a empresa celebrou o fato de ter mais tempo para ativar o patrocínio, assinado até 2014.
O Palmeiras também pretende usar Marcos. Há ideias para um jogo de despedida, um busto e até a aposentadoria da camisa 12, número que marcou a trajetória do goleiro no clube.
Entretanto, o único plano que tem um pouco mais de detalhamento agora é uma biografia de Marcos, que será desenvolvida pelos jornalistas Mauro Beting e Paulo Vinícius Coelho. O projeto terá consultoria de Fernando Galuppo, historiador e membro do departamento de comunicação do Palmeiras.