A Copa do Mundo chama a atenção do mundo todo. Disso, não há dúvida. E normalmente os motivos são os melhores possíveis, como festa, alegria e muita torcida. No entanto, também há sempre o lado negativo. Na Rússia, a ONG Fare Network, que trabalha em conjunto com a Fifa, divulgou que o Mundial de 2018 teve 45 casos de assédio a mulheres relatados, sendo 15 com jornalistas.
“A única coisa que vimos que chamou a atenção foi o sexismo, principalmente com mulheres russas. Houve 30 casos de mulheres reportadas, e entre eles há casos famosos”, disse Piara Powar, diretor da ONG, que considera que o número real de casos possa ser dez vezes maior.
No Brasil, dois casos ficaram bastante conhecidos. Um deles foi o da repórter da Globo e do SporTV, Julia Guimarães, que estava prestes a entrar no ar quando teve que ter reflexo para se desvencilhar de um torcedor que tentou beijá-la à força. A repórter ainda aproveitou para reprimir de forma veemente o torcedor antes de voltar ao trabalho.
O outro caso foi de um grupo de brasileiros que cercaram uma torcedora russa e a fizeram cantar palavras de baixo calão sem que ela soubesse, pois não falava português. O vídeo viralizou nas redes sociais e gerou revolta em várias partes do mundo.
A Fifa diz que alguns torcedores perderam sua credencial por conta de assédio, mas não revela quantos foram os torcedores. Outros, ainda, acabaram deportados da Rússia por conta desses 45 casos relatados.