Em uma semana, a vice-presidência de futebol foi temporariamente extinta por não haver substituto à altura de Antônio Vicente Martins. A equipe de futebol, comandada por Julinho Camargo, viu o técnico e Flávio de Oliveira, preparador físico, serem demitidos. Em meio a tantas demissões, quem está com problemas são os cofres gremistas.
No empate por 2 a 2 com o Atlético-MG, justamente o jogo que tirou Julinho do cargo de treinador, o Grêmio levou 9.022 pessoas ao estádio Olímpico, e como consequência lucrou R$ 46,9 mil. O valor é o segundo mais baixo obtido pelos gaúchos no Campeonato Brasileiro, atrás só dos R$ 44,8 mil levados diante do Avaí, em outro empate.
O clube tricolor, na verdade, está conseguindo resultados financeiros aquém do usual. Em sete partidas disputadas em casa desde o início do Nacional, o Grêmio acumulou superávit de R$ 867 mil. Caso siga nesse ritmo, a receita líquida será inferior à embolsada na edição anterior do torneio, de R$ 4,3 milhões, segunda melhor do país.
De qualquer modo, o Grêmio segue com o maior lucro da região Sul do Brasil. O Internacional, após seis jogos como mandante, levou R$ 622 mil; o Avaí, em seis partidas, R$ 234 mil; o Figueirense, após oito confrontos, R$ 699 mil; o Atlético-PR, em seis partidas, R$ 275 mil; e o Coritiba, em sete jogos em casa, déficit de R$ 324 mil.
O melhor resultado da 14ª rodada do Brasileiro ficou novamente por conta do Corinthians, que levou 27.884 torcedores ao Pacaembu para que assistissem à vitória diante do América-MG por 2 a 1, mantendo-se na liderança da tabela. O clube paulista teve renda líquida de R$ 576 mil, mais de 12 vezes superior à obtida pelo Grêmio, no 15º lugar.