No dia 12 de fevereiro, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tentou desvincular a crise de propagação de doenças causadas pelo mosquito transmissor do Aedes Aegipty dos Jogos Olímpicos. Em entrevista coletiva, o prefeito da cidade que no dia 5 de agosto recebe a maior competição esportiva do mundo, disse que a crise não pode virar um “tema olímpico”.
“Temos que tratar do problema, mas não podemos transformar em um tema olímpico. Não é um tema olímpico. Isso é um tema nosso, de nós brasileiros e da cidade do Rio de Janeiro”.
Menos de um mês depois da declaração do dirigente, o Rio-2016 colocou à venda em suas lojas oficiais um repelente que leva a marca dos Jogos e, ainda, o selo da campanha nacional que tenta evitar a contaminação das pessoas pelo temido mosquito.
A reportagem da Máquina do Esporte encontrou o produto à venda na loja das Olimpíadas no aeroporto de Congonhas. Por R$ 35 você compra o repelente. O kit que tem também o protetor solar sai ao todo R$ 75. O produto não é vendido pela loja virtual.
Os dois produtos fazem parte de um portifólio de mais de mil itens oficiais dos Jogos do Rio. Assim como todos os outros, o comitê organizador concede a licença para a fabricação do produto a um terceiro, que é responsável também pela comercialização dele ao mercado varejista.
O Rio espera faturar R$ 1 bilhão com licenciamento. O comitê organizador tem trabalhado para ampliar ao máximo a gama de produtos a serem oferecidos para o comércio. Para isso, vale até ter um repelente oficial…