Em parceria, Arena da Baixada vira ginásio para finais de Liga Mundial

Montagem da quadra para a Liga Mundial 

Em parceria com a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), o Atlético-PR mobilizou um pequeno exército de operários para a adaptação da Arena da Baixada, em Curitiba, para sediar as finais da Liga Mundial, que acontecem a partir de hoje.

Para que a seleção brasileira masculina pudesse estrear nesta terça-feira (dia 4), a partir das 15h05, foi armada uma arquibancada provisória na altura do gramado, com capacidade para 5.000 pessoas. Com isso, a arquibancada inferior do estádio foi inutilizada, por questão de visibilidade para a quadra. Os anéis superiores, porém, serão usados na totalidade, ampliando o espaço para quase 28 mil torcedores.

Stand do Banco do Brasil, patrocinador da CBV

“O público que se coloca em um ginásio como o Maracanãzinho é de 12 mil, 13 mil pessoas. Aqui são quase 30 mil. Essa proporção muda bastante o projeto. Os próprios operadores têm dificuldade de entender isso”, comenta Luiz Volpato, diretor de projetos do Atlético-PR, em entrevista para a Máquina do Esporte.

“Há questões de planejamento e legais. Qualquer evento fora o futebol que realizamos no estádio tem que ser aprovado e passar por vistoria do corpo de bombeiros”, acrescentou.

Com o modelo de parceria para o uso da Arena da Baixada, o Atlético-PR não cobra aluguel pelo espaço em eventos como a Liga Mundial.

Stand da Asics sendo montado para a Liga Mundial

“O clube trabalha em parceria com os operadores. Ele se dedica ao máximo para entregar o melhor. E procura agregar valor com a entrega conjunta da estrutura e participa da receita do espetáculo”, explica Volpato, sem falar em valores.

Para tornar a arena de fato multiuso, dois fatores fazem a instalação esportiva ser diferenciada em relação aos outros estádios modernos do Brasil, como é o caso do Allianz Parque, do Palmeiras, ou da Arena do Grêmio: o teto retrátil e o gramado sintético.

Com o teto fechado, a administração da arena evita chuvas que podem prejudicar shows e competições como o vôlei e o UFC, que já realizou noitada no estádio. Já o gramado é mais resistente, estando apto ao futebol quando a estrutura temporária é desmontada.

“Montamos [shows do] Andrea Bocelli, evento sertanejo e UFC. Fizemos o jogo [amistoso] contra Portugal de comemoração da medalha do vôlei [campeão olímpico no Rio 2016]. Todos com o teto fechado. A exceção foi o [show do] Rod Stewart. Estava muito calor”, conta Volpato.

Para a Liga Mundial, o teto novamente será fechado, em procedimento que dura 28 minutos. Além de Brasil e Canadá, disputam as finais Rússia, Sérvia, França e Estados Unidos. Divididas em dois grupos de três times, as seleções se enfrentam de terça a quinta. Na sexta haverá a semifinal. A decisão é no domingo, às 23h05.

*O repórter viajou a convite do Atlético-PR

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