Emirados Árabes cogitam dividir Copa de 2022 com Qatar

Os Emirados Árabes Unidos estariam dispostos em receber a Copa do Mundo de 2022 ao lado do Qatar. Para isso, o país árabe pretende resolver a tensa situação política com o país vizinho e torce para que a Fifa decida antecipar a ideia de ter 48 seleções disputando a competição.

Foto: Reprodução

A notícia foi veiculada pela agência Reuters como uma espécie de resposta do ministro dos esportes do país, Mohammed Khalfan al-Romaithi, a uma colocação do presidente da Fifa, Gianni Infantino. O mandatário do futebol mundial quer aumentar o número de seleções no Mundial de 32 para 48 já em 2022 e argumentou que, para isso, poderia dar a responsabilidade de sediar alguns jogos a países vizinhos.

Atualmente, no entanto, com relação aos Emirados Árabes Unidos, a ideia esbarraria na tensa situação política entre o país e o Qatar. Ao lado de Arábia Saudita, Bahrein e Egito, os Emirados Árabes acusam o Qatar de apoio ao terrorismo e participam de um boicote comercial contra os qatarianos.

A situação se complicou ainda mais após a última Copa do Mundo. A partir do torneio, foi a vez do Qatar, por meio da emissora BeIN Sports, acusar a Arábia Saudita de apoiar o canal pirata BeoutQ, que vem transmitindo diversos eventos esportivos para os quais não possui direitos. Apesar da acusação ser contra os sauditas, o problema acaba respingando nos parceiros do país na questão do boicote comercial, caso dos Emirados Árabes Unidos.

“Acho que o jeito certo é resolver o problema e trazer de volta os relacionamentos, sermos irmãos de novo como éramos. Se o relacionamento voltar ao normal e todos os problemas forem resolvidos, ficaremos mais do que felizes em ajudar os qatarianos e receber um ou dois grupos do Mundial”, declarou al-Romaithi.

Ao menos por enquanto, tudo não passa de uma situação hipotética. Isso porque a Fifa ainda não definiu que mudará o número de países que disputarão a Copa. Se isso acontecer, é muito possível que o Qatar realmente precise de ajuda e é aí que os Emirados Árabes Unidos podem entrar na história.

Sair da versão mobile