Empresas ainda mantêm-se distantes de 2014

Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) revelou que não são apenas as obras de infraestrutura que estão atrasadas para a Copa do Mundo de 2014. Mesmo com o anúncio feito há quase três anos de que o país seria sede do Mundial, as empresas ainda engatinham em suas preparações para o evento.

Para a realização do estudo, foram entrevistadas 96 organizações, sendo 60 empresas representadas pelos seus profissionais de relação com investidores e 36 organismos investidores, como companhias seguradoras, bancos e fundos de investimentos.

Ao serem questionados sobre o nível de preparação que as suas empresas tinham em relação aos megaeventos realizados no Brasil – Copa do Mundo e Jogos Olímpicos –, apenas 26% afirmou que possuía um plano específico para tais acontecimentos, seja ele um plano já em andamento ou que seria implantado nos próximos meses.

A intenção do preparo, no entanto, teve 35% das respostas, exibindo a preocupação que a maioria mantém com os eventos. Apenas 21% afirmou que não há nenhum plano específico e que não pretende fazê-lo nem nas proximidades da Copa e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Os dados, aliás, devem ser alterados conforme as competições ficam menos distantes, já que 18% dos entrevistados não souberam informar os planos de suas empresas nesse sentido.

Para José Paulo Rocha, um dos sócios da Deloitte, a demora na definição de um plano não pode ser ignorada, mas a sua diferença não será tão alarmante. “Empresas que já se preparam terão uma curta vantagem, mas ela não será definitiva”, afirmou Rocha.

Para o executivo, as empresas terão que entender que a Mundial de 2014 não será como o último realizado no Brasil, em 1950: “Antes a Copa era um evento esportivo, hoje ela é um evento de negócios”. Rocha, no entanto, mantém-se otimista, já que acredita que “a percepção da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos deve aumentar a partir de 2011”.

Esse otimismo também se reflete nas empresas. Quando os entrevistados foram questionados sobre a capacidade de explorar de forma eficiente os megaeventos esportivos que serão realizados no país, 53% respondeu que pelo menos a maioria estaria e 25% afirmou que, independente do período de preparação, todas estariam plenamente aptas para fazê-lo.   

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