Empresas montam plano ‘B’ para jogadores preteridos por Scolari

Em junho de 2011, a Samsung anunciou uma estratégia diferente com o jogador Paulo Henrique Ganso. Assim como a Claro havia feito com Ronaldo, a empresa de eletrônicos apostou no suporte à conta de Twitter do atleta. A iniciativa explicitava o quanto que a marca acreditava no ainda jovem jogador, que, no entanto, não foi convocado para a Copa do Mundo. Agora, o foco está em seus novos contratados.

Esse movimento não é uma exclusividade da Samsung. Grandes empresas fizeram apostas em jogadores com enorme potencial para serem protagonistas da Copa do Mundo, mas que acabaram preteridos na lista do técnico Luiz Felipe Scolari. Volkswagen, Hyundai, Wise Up e Gatorade estão na mesma situação, com jogadores como Kaká, Leandro Damião e Lucas.

Para solucionar o caso, as empresas recorrem a uma estratégia em comum: fazer um novo patrocínio a um jogador que esteja mais próximo do Mundial. A Gatorade é um dos casos mais notáveis. A empresa apostava em Ganso e Damião, jogadores que estão em má fase e foram pouco cogitados para representarem o time brasileiro. A empresa não quis comentar o assunto, mas a solução ficou com David Luiz, contratado recentemente.

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A saída foi parecida com a encontrada pela Samsung, que após fechar com Ganso, também acertou com Paulinho e Thiago Silva, reforçando a descrença no protagonista do meia são-paulino. Em entrevista promovida pela marca recentemente, o próprio jogador admitiu estar distante do Mundial. Para esta semana, o marketing da marca já havia planejado entrevistas exclusivas na Inglaterra e na França com os dois jogadores que foram de fato escolhidos por Scolari.

A Hyundai, por outro lado, estava preparada para priorizar Oscar nas ativações de Copa do Mundo, pelo menos no Brasil. A empresa contava com Kaká como embaixador, mas o jogador fazia parte de uma estratégia global da companhia. O meia do Milan é par do goleiro espanhol Iker Casillas na comunicação da empresa, que o escolheu pelo reconhecimento que mantém o atleta. Já Oscar foi contratado prioritariamente para o mercado nacional. Agora, sua imagem deverá ser reforçada durante a Copa do Mundo.

O histórico e a imagem positiva de Kaká também foram usados de justificativa pela Wise Up. Nesse caso, independente da decisão de Scolari, não haverá plano ‘B’ para a Copa. À Máquina do Esporte, a empresa explicou que o jogador comunica com um público que vai além do futebol, e até citou o seu alto número de seguidores nas redes sociais. “O jogador fala quatro idiomas, incluindo o inglês, que o ajudou muito na carreira. É claro que o ‘casamento’ com a Copa do Mundo seria interessante, mas não foi determinante para a Wise Up”, complementou o diretor de marketing da empresa, Leonardo Cirino. 

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