Entenda o esquema de venda de ingressos ilegais para a Copa do Mundo

A Polícia do Rio de Janeiro prendeu nesta segunda-feira (7) mais uma peça-chave no esquema de venda irregular de ingressos para a Copa do Mundo do Brasil. Raymond Whelan, consultor executivo da Match Services, foi detido por infringir o artigo 41 do Estatuto do Torcedor – ou seja, por vender ingressos de evento esportivo por preço superior ao estampado no bilhete.

A Match Services é uma subsidiária da Match Hospitality, empresa que cuida de vários serviços para a Fifa (entre eles, os camarotes para clientes VIPs). A Match Services é responsável pela comercialização das entradas para o público em geral. Whelan foi apontado como fornecedor dos ingressos para a quadrilha do argelino Mohamadou Lamine Fofana, preso semana passada junto com outras dez pessoas na operação “Jules Rimet”.

Na operação, a Polícia do Rio também apreendeu ingressos para os jogos da Copa do Mundo disponibilizados como cortesia para Organizações Não Governamentais e patrocinadores. Os ingressos, que não deveriam ser vendidos, eram comercializados em lotes por preços que variavam entre R$ 500 mil e R$ 700 mil reais – com um faturamento que podia atingir até R$ 2 milhões por cada jogo no Brasil.

A ligação entre o argelino e o empresário da Match Services foi feita após os dois serem flagrados por escutas em conversas negociando os convites. O esquema descoberto pela polícia brasileira já durava havia quatro Copas. O escândalo atinge a Fifa profundamente, já que a Enrique Byrom é o diretor da Match Services. Byron tem conexões estreitas com dirigentes da alta cúpula da maior entidade do futebol mundial.

 

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