O basquete brasileiro deu novo passo rumo à profissionalização da modalidade. Durante o Jogo das Estrelas, foi anunciada a criação de entidades representativas para técnicos, jogadores e árbitros. Como serão responsáveis por resolver problemas em cada uma das esferas, na prática, irão aliviar o peso sobre a Liga Nacional de Basquete (LNB).
Atualmente, quando há problemas em alguma das áreas, como falta de pagamentos a jogadores ou descontentamento de técnicos, as reclamações costumam recair sobre a liga nacional. Agora, como os elementos do basquete terão representantes legais, as críticas, levianas ou graves, podem ser melhor apuradas e corrigidas.
Os presidentes nomeados, porém, revelam fato curioso na iniciativa. A figura escolhida para representar os atletas, por exemplo, é Ratto, atualmente treinador. Em entrevista coletiva, após admitir que ocupar o cargo é de certa maneira contraditório, o técnico convidou publicamente Guilherme Giovannoni para presidir a entidade.
O presidente da associação dos árbitros, por sua vez, não é árbitro. José Francisco Galvão Júnior garante que, apesar de não atuar na função, tem habilidades de gestão suficientemente desenvolvidas para preencher o cargo. Tácito Pinto Filho, representante dos técnicos, por sua vez, não compareceu ao Jogo das Estrelas.