Escândalo de abuso liga sinal de alerta na ginástica olímpica do Brasil

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) está envolvida num dos maiores escândalos recentes do esporte brasileiro. A entidade viu o seu ex-treinador Fernando de Carvalho Lopes ser acusado de abusar de 40 atletas e ex-atletas. O escândalo, revelado pela TV Globo no último domingo (29), também colocou em xeque o atual coordenador da ginástica brasileira, o treinador Marcos Goto, um dos nomes mais vitoriosos do esporte na história, que foi acusado por ex-atletas de fazer brincadeira com o caso.

Fernando de Carvalho Lopes é acusado de abuso sexual. (Foto: Ricardo Bufolin / CBG) 

Em nota, a CBG disse que fará uma oitiva sobre Goto, por “comportamento inadequado”, e ainda encaminhará ao Ministério Público do Trabalho questionamentos sobre qual procedimento tomar. “Nenhum caso de assédio ou abuso ficará sem rigorosa apuração e eventual sanção, conforme a hipótese”, disse a entidade.

Lopes, que treinava Diego Hypólito, foi afastado da seleção brasileira de ginástica pouco antes dos Jogos do Rio 2016 por conta de uma denúncia contra ele de abuso sexual a jovens.

Desde aquela época, a CBG vem tentando combater casos do gênero. A entidade firmou, em março, convênio com o Ministério do Trabalho para combate a assédio moral e sexual. 

A reportagem da Globo, porém, recolocou a entidade no foco do escândalo, principalmente pelas acusações contra Goto. Ele disse que os casos de Lopes eram tratados como boatos e que se faziam brincadeiras sobre, mas reiterou ser contra qualquer tipo de abuso.

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