Escândalo tira rival de Blatter das eleições da Fifa

Joseph Blatter, presidente da Fifa desde 1998, ganhará mais tempo no poder. Na próxima quarta-feira, a entidade fará a sua eleição presidencial e o único oponente do suíço era Mohamed Bin Hammam, que retirou sua candidatura após as acusações de corrupção em sua campanha.

As denúncias sobre o qatariano, integrante de Comitê-Executivo da Fifa, apontam uma oferta financeira para os representantes das federações caribenhas, em troca de voto. No último sábado, Hammam declarou a decisão de se retirar do pleito presidencial em seu site pessoal. “Fatos recentes me deixaram ferido e decepcionado, tanto em um nível pessoal como profissional”, afirmou.

Segundo as acusações, Hammam teria realizado a operação junto ao vice-presidente da Fifa, Jack Warner, para oferecer US$ 40 mil para os representantes caribenhos. Nesta segunda-feira, Warner divulgou publicamente um email trocado com Jérôme Valcke, secretário geral da entidade.

Na mensagem, o vice-presidente se referiu diretamente a Hammam: “Sobre Mohamed bin Hammam, nunca entendi porque ele está concorrendo. Se ele realmente acha que tem uma chance ou se é apenas uma maneira extrema de mostrar como ele não gosta mais de Joseph Blatter. Ou ele pensou que poderia comprar a Fifa como comprou a Copa do Mundo (Qatar – 2018)”.

No domingo, Hammam foi suspenso pelo comitê de ética da entidade. Outros membros da entidade, por outro lado, não tiveram tamanha punição. Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol e membro do comitê executivo da Fifa, foi inocentado de suas denúncias.

Teixeira também foi envolvido em um esc”ndalo de compras de votos. O dirigente e mais três membros da Fifa foram acusados de terem recebido suborno para votar pela candidatura da Rússia para a Copa do Mundo de 2018. Triesman, ex-presidente da federação inglesa, afirmou em um inquérito parlamentar brit”nico que, além do brasileiro, Jack Warner, Nicolás Leoz e Worawi Makudi tiveram conduta “imprópria e antiética”.

Segundo Jêróme Valcke, não houve provas sobre as acusações sobre os quatro membros da Fifa e, portanto, eles foram inocentados e o caso foi arquivado. A federação de futebol inglesa, por outro lado, deve continuar suas investigações.

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