Em meio ao temor de grandes protestos no entorno do estádio do Maracanã antes da final da Copa das Confederações, a Fifa conseguiu montar um esquema especial para evitar contratempos aos convidados da entidade e dos patrocinadores.
Os ônibus das marcas eram escoltados por batedores da polícia e ficavam estacionados num local separado da entrada do torcedor “comum” no jogo. Com isso, minimizou-se o contato entre os convidados e aqueles que pagaram pelos ingressos.
A medida foi tomada pela Fifa para evitar problemas como aqueles enfrentados em outras sedes, em que a entidade e seus parceiros tornaram-se alvo de alguns manifestantes insatisfeitos. O auge da crise aconteceu em Salvador, quando os protestos estavam ainda mais violentos. No jogo entre Brasil e Itália, dia 22 de junho, dois ônibus de parceiros sofreram danos causados por manifestantes.
Depois do incidente, a Fifa pressionou o governo brasileiro para aumentar a segurança nos arredores dos estádios. Foi a partir dali que passou a ser respeitado o limite de dist”ncia do local de jogo para as pessoas que não portam ingressos e também outras medidas de seguranças para a “Família Fifa”, como são chamados patrocinadores, equipe de trabalho da entidade, voluntários e mídia credenciada.
A “blindagem” na final contou até com revista dupla dos torcedores no acesso ao estádio. No primeiro cordão de isolamento já era feita uma checagem de malas e bolsas que as pessoas levavam, além da conferência do ingresso que o torcedor levava. Depois, na hora de entrar no estádio, as pessoas passavam por detectores de metais para poder entrar.
O esquema de segurança mais rígido pode vir a se tornar padrão para os jogos da Copa do Mundo. Na Alemanha, em 2006, o cumprimento às normas da Fifa foi adotado desde o primeiro jogo. Na África do Sul, apenas a partir das oitavas-de-final que o controle sobre a circulação de torcedores nos arredores do estádio passou a ser mais rígido.