Assunto ainda delicado no esporte brasileiro, os direitos LGBT têm sido celebrados em estádios dos Estados Unidos durante junho, mês que marca o aniversário das Revoltas de Stonewall, ocorridas em 1969, em Nova York. Com a temporada da MLB (liga americana de beisebol) em pleno andamento, são os times da modalidade os principais responsáveis pelas ações.
Dos 30 times que formam a MLB, 24 farão ou já fizeram alguma menção ao “Orgulho Gay” ao longo deste mês. Mais de dez deles transformaram a iniciativa em produto licenciado, com bonés e acessórios vendidos com os escudos das equipes nas cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT.
Foto: Reprodução / Twitter (@RedSox)
A Máquina do Esporte esteve presente no Fenway Park, estádio do Boston Red Sox, durante a partida contra o Detroit Tigers, na última quinta-feira (7). A partida foi a escolhida pelo time da casa para prestar solidariedade ao movimento LGBT.
No topo do estádio do Red Sox, uma bandeira do arco-íris foi colocada ao lado da americana. A versão colorida do escudo do time foi pintada até no campo. Antes do início da partida, o hino americano foi cantado pelo Coral Gay de Boston.
Durante o evento, as iniciativas ganharam amplo apoio das arquibancadas. Vale a ressalva que Boston se mantém como uma das cidades mais liberais dos Estados Unidos. Ainda assim, o time não ficou imune aos discursos de ódio, especificamente nas redes sociais. Os posts da equipe sobre o tema no Twitter e no Facebook estiveram cheios de comentários críticos às ações.
A MLB tem o tema como preocupação há alguns anos. Em 2013, a liga criou regras específicas de punição a jogadores que cometam discriminação a outros atletas com base em suas orientações sexuais. No ano seguinte, convidou o ex-jogador Billy Bean para ser Embaixador da Inclusão do beisebol americano. Bean assumiu ser gay em 1999.
Essa conduta foi seguida por outras entidades esportivas dos Estados Unidos. A NFL, que não tem jogos em junho, criou em 2017 a “Orgulho NFL”, iniciativa que mira especialmente os funcionários da liga de futebol americana. A comissão tem como objetivos mostrar um posicionamento sobre o assunto e criar um ambiente de trabalho distante de discriminações.
Por fim está a NBA, que não teve ações relacionadas ao movimento, mas que está diretamente ligada à causa. Nos últimos anos, a liga de basquete participou da Parada Gay de Nova York, com o intuito de mostrar apoio. O time mais ligado à causa é o finalista deste ano Golden State Warrior, que tem como presidente Rick Welts, declaradamente gay e apoiador de diversas ações da liga de basquete em favor do Movimento LGBT.